terça-feira, 30 de outubro de 2018

Conheça o perfil de Helder Barbalho o novo governador do Pará

Com 39 anos  Helder Barbalho  foi eleito  governador do Pará e hoje representa  um dos mais jovens  gestores  no Brasil. Nascido  em Belém do Pará, no dia 18 de maio de 1979. Filho de Jader Barbalho e Elcione Zahluth Barbalho. Casou-se com a advogada Daniela Lima Barbalho, com quem tem  três filhos, Helder Filho, Thor e Heva. Graduou-se em Administração em   2002, pela Unama, em Belém e é pós-graduado na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, com o título de MBA Executivo em Gestão Pública. Ele é presidente em exercício do MDB  no Pará.
Desde seus 18 anos ele já estava engajado na política através da militância estudantil, quando  filiou-se ao PMDB no Pará.  Presidiu então, a juventude do partido no Estado e foi secretário geral da juventude Nacional do PMDB.
Em 2000,  ele deu um grande passo em sua carreira política conseguindo o feito de vereador mais votado de Ananindeua com 4.296 votos.  Desde então, Helder acumula grandes cargos políticos. Se elegeu  deputado estadual com grande expressão ao ser novamente o mais votado.
Graças ao seu trabalho em Ananindeua,o gestor deu continuidade ao seu legado  como Prefeito de Ananindeua em 2005 aos 25 anos sendo o mais jovem prefeito do Pará. ainda prefeito, Helder se tornou Presidente da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (Famep). Em 2008, concorreu à eleição em Ananindeua, e ganhou, no 1º turno, com 93.493 votos.
 Mesmo com duras críticas e com todos os olhos  da oposição voltados para ele, Helder não se intimidou e fez o trabalho que prometeu fazer. Recebeu o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar em 2007, 2010 e 2012. Recebeu também o Prêmio de Prefeito Empreendedor, do SEBRAE Pará, nos anos de 2008 e 2010, pelo incentivo dado à geração de emprego e renda para a população de Ananindeua. Ganhou, ainda, o Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio do Brasil, com o Projeto Escola Ananindeua, e recebeu em 2012 o Selo Unicef Município Aprovado com relação as ações implementadas nos anos de 2009 a 2012.
 Graças ao seu trabalho como presidente da Famep, em 2001 ele foi reeleito e presidiu a federação até 2014. Helder atuou como Ministro da Pesca e Aquicultura, esteve ministro da Secretaria Nacional dos Portos e comandou o Ministério da Integração Nacional.
O perfil conciliador do gestor fez com que  o MDB fizesse varias alianças partidárias o que fortaleceu sua base e ainda  garante ao governo atual uma gestão substancial e de grandes avanços. coligou-se com 15 partidos. Fez alianças com Paulo Rocha, candidato ao Governo do Estado pelo PT, que ficou em 3º lugar na contagem de votos. Vários deputados da base tucana que se (re)elegeram também declararam apoio ao recém-eleito governador.

Governador eleito, Helder Barbalho venceu em cinco municípios da Região Metropolitana

Belém e Ananindeua, maiores colégios eleitorais do Estado, foram responsáveis por 40% da diferença de votos  que separaram Helder Barbalho (MDB), eleito governador do Pará neste domingo, 28,  de Márcio Miranda, candidato perdedor do DEM.
Helder conquistou o governo  somando 2.068.319 de votos nos 144 municípios.
Márcio Miranda obteve 1.663.045 votos.
Uma diferença de 405.274 pró Barbalho.
Dos sete municípios que integram a chamada Região metropolitana, Helder venceu em cinco.
A seguir, votação por município:
VITÓRIAS DE HELDER

Belém
57,56 %   – 428.008  votos
42,44 %   – 315.631  votos
Ananindeua
59,69 %    – 139.837 votos
40,31 %    – 94.452 votos
Marituba
65,23 %    –  34.788 votos
34,77 %    –  18.544 votos
Benevides
61,47 %     –  17.978 votos
38,53 %     –  11.271 votos
Santa Bárbara
62,70 %     –  7.812 votos
37,30 %      – 4.647 votos


VITÓRIAS DE MÁRCIO
Santa Isabel
52,88 %     –  16.492 votos
47,12 %     –  14.695 votos
Castanhal
59,76 %     – 55.135 votos
40,24 %      – 37.118 votos

VEJAM ONDE OS PRESIDENTES QUASE EMPATARAM NO SEGUNDO TURNO

A polarização da eleição presidencial no segundo turno se transformou numa disputa voto a voto em algumas localidades do interior do país. Em dois municípios brasileiros, um do Centro-Oeste e outro do Sul, por exemplo, a distância entre os concorrentes ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), foi de apenas um voto, segundo balanço do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No segundo turno, não houve empate numérico de votos entre os dois candidatos em nenhum dos 5.570 municípios brasileiros. No primeiro turno, o empate acontecera em apenas uma cidade do Brasil: Amaporã, no noroeste do Paraná, em 1.191 votos para cada lado. O segundo turno nesse município mostrou avanço de Haddad: 1.538 contra 1.474 para Bolsonaro.
No cômputo geral do pleito do domingo (28), Bolsonaro sagrou-se vencedor e foi eleito presidente da República com 55,13% dos votos válidos (descontando brancos e nulos), ou 57,8 milhões de votos.

Por "uma cabeça"

Em Três Ranchos (GO), município com população residente estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2.837 pessoas, com 3.496 eleitores aptos a votar e localizado a noroeste do estado, o candidato do PSL somou 1.183 votos, ou 50,02% dos votos válidos, contra 1.182 votos do candidato do PT, ou 49,98% dos votos. Foram computados ainda 35 votos em branco e 160 nulos.
No município gaúcho de Pontão, com população residente estimada pelo IBGE em 3.908 pessoas, 3.082 eleitores aptos a votar e localizado ao norte do estado, Bolsonaro também somou um voto à frente de Haddad, vencendo por 1.297 a a 1.296 votos. Ou 50,02% dos votos válidos contra 49,98%, com 26 votos em branco e 90 nulos.

Por "duas cabeças"

Em outros dois municípios, ambos localizados na região oeste de Santa Catarina, a margem entre Bolsonaro e Haddad foi também mínima, de apenas dois votos. Nesses casos, a vitória coube ao petista.
Em Ponte Serrada, município com população em torno de 11.500 pessoas (IBGE) e 7.599 eleitores aptos a votar, Haddad recebeu 2.978 votos (50,02% dos votos válidos), contra 2.976 (40,98%) de Bolsonaro. Foram ainda 155 votos em branco e 378 nulos.
Em Paial, com população estimada em 1.537 pessoas pelo IBGE e 1.843 eleitores aptos a votar, a vitória de Haddad foi por 694 contra 692 votos (50,07% contra 49,93% dos votos válidos, mais 24 brancos e 43 nulos)

Fonte: https://noticias.uol.com.br

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

China irá inaugurar maior ponte do mundo com 55 km de extensão

China irá inaugurar maior ponte sob o mar do mundo, com 55 km de extensão

Se você acha a Ponte Rio-Niterói longa, então mude de parâmetros. Nesta semana está programada para acontecer a inauguração da maior ponto sob mar do mundo, que irá ligar a China (mais especificamente a província de Guangdong) a Macau e Hong Kong, as duas regiões administrativas especiais do país mais populoso do planeta.
O objetivo da construção é ligar as duas regiões que não estão sob controle chinês com mais 11 cidades, visando formar uma região com alto desenvolvimento tecnológico para rivalizar com o Vale do Silício. O projeto começou há quase uma década, e irá percorrer um total de 55 km, sendo 35 km correndo sob o mar. Ela ainda irá contar com um túnel de 6,7 km, feito para criar um canal de passagem para navios, e estrutura para aguentar ventos acima de 340 km/h. O custo total do empreendimento foi de US$ 20 bilhões.
Apesar do grande feito da engenharia, a obra vem sofrendo resistência, principalmente de cidadãos de Hong Kong, que entendem o projeto como uma maneira do governo chinês atacar a soberania da cidade, além de ser visto como mal uso do dinheiro público. Há ainda um projeto de criar ponte similar até 2030, que iria diminuir em 25% o tráfego da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.
A ponte era planejada para inaugurar em 2016, porém a obra sofreu com diversos atrasos, problemas de orçamento e segurança. 9 trabalhadores morreram durante a construção, e mais de 200 se feriram no processo. Somente neste ano, seis subcontratantes foram multado por colocar seus funcionários em risco.
Mas o gigantismo da obra será aproveitado por poucos, uma vez que somente carros particulares com autorização especial poderão fazer a travessia. O resto dos veículos autorizados a realizar o trajeto são ônibus privados e transportadores de carga. A ponte não atenderá o transporte público.
Fonte: istoé dinheiro

Senador chileno vai propor 'Lei Bolsonaro' contra notícias falsas


O senador chinelo Alejandro Navarro afirmou que vai propor a "Lei Bolsonaro", segundo ele, contra notícias falsas no período eleitoral. O nome da lei faz referência ao candidato à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL).
A proposta foi divulgada no site e nas redes sociais de Navarro, que pertence ao partido PAÍS, nesta quarta-feira (24).
Segundo Navarro, em texto publicado em seu site, "a nova forma de fazer política que tomou a extrema direita na América Latina avança com o Big Data, ou seja, pesquisando as preferências dos usuários de sites de redes sociais para espalhar mentiras e destruir a reputação de candidaturas oponentes".
Navarro sugere a cassação das candidaturas de políticos que forem pegos espalhando notícias falsas. (Sarah Mota Resende)

Haddad pede ao TSE para ser entrevistado pela Globo no horário do debate


Brasília - A campanha do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) apresentou nesta quarta-feira (24) um pedido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que o petista seja entrevistado pela Rede Globo no horário que estava destinado ao debate do segundo turno.
O debate da Globo estava previsto para a noite desta sexta-feira (26), mas foi cancelado após o candidato Jair Bolsonaro (PSL) desistir de comparecer ao evento. A campanha do PSL enviou uma carta à emissora afirmando que o capitão enfrenta "limitações em virtude da bolsa de colostomia" que carrega, em consequência do ataque a faca que sofreu em setembro.
A decisão da emissora de cancelar o debate foi informada na segunda-feira (22). A Globo também optou por não realizar uma entrevista com Haddad, que havia confirmado sua participação no debate. A emissora informou que "Na reunião de elaboração das regras do evento foi acertado com as assessorias dos candidatos que, se Jair Bolsonaro não pudesse comparecer por razões de saúde, o debate não seria substituído por entrevistas".
Esta será a primeira vez desde o fim da Ditadura Militar e a volta de eleições diretas, em 1989, que não haverá debate presidencial no segundo turno (em 1994 e 1998 não houve segundo turno).
Assim, Bolsonaro e Haddad chegarão às urnas sem jamais terem se enfrentado em um debate. No primeiro turno, dos sete debates realizados, o candidato do PSL esteve nos dois primeiros e o candidato do PT nos quatro últimos.
Na petição apresentada ao TSE, a campanha do PT afirma que a ausência de Bolsonaro no debate não deve ditar os "rumos do processo democrático" e defende que o tempo que seria dedicado ao debate seja utilizado para uma entrevista com Haddad, feita pelos jornalistas da emissora.
"Muito mais do que mero evento jornalístico, os debates são eventos pilares do processo democrático, sendo essenciais a um processo rígido e verdadeiramente democrático, permeados pelo interesse público", diz o documento.
"Dessa forma, o cancelamento do evento em razão da ausência de um candidato autoriza-o, em verdade, a ditar os rumos do processo democrático, o qual não deve possuir roteiristas e diretores diversos do próprio eleitorado", afirmam os advogados da campanha do PT.
O processo será relatado pelo ministro Sérgio Banhos, que ainda não se manifestou sobre o pedido. (Felipe Amorim, do UOL)

Bolsonaro admite recuar em proposta de diminuir e fundir ministérios


São Paulo - Em transmissão nas redes sociais nesta quarta-feira (24), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) admitiu a possibilidade de não reduzir e fundir alguns ministérios caso seja eleito. O candidato já prometeu diminuir as atuais 29 pastas para 15 com o objetivo de, segundo ele, desburocratizar e reduzir gastos. Nesta quarta, ele disse que pode manter separados os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e que não extinguirá o ministério da Indústria e do Comércio.
"Recebemos a visita de homens da indústria do Brasil falando dos problemas e como eu poderia resolver essas questões deles. Falaram sobre a questão que queriam que o ministério da Indústria e do Comércio continuasse existindo. Vamos atendê-los, se é isso que eles querem, para o bem do Brasil. Sem problema algum", disse.
"Está havendo certo atrito sobre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, se funde ou não. Da minha parte, estou pronto para negociar. Falei para o pessoal do agronegócio que isso era importante [fundir], agora outros estão discordando. Vamos chegar ao meio termo. E se forem mantidos dois ministérios, vou botar como ministro do Meio Ambiente uma pessoa que não tem vínculo com o que tem de pior aí. Você, produtor, quer tirar uma licença ambiental e isso leva 10 anos, isso se você conseguir. Isso é um crime", completou. (Guilherme Seto)

UM DETALHE SOBRE O DEBATE ELEITORAL

Esta será a primeira vez desde o fim da Ditadura Militar e a volta de eleições diretas, em 1989, que não haverá debate presidencial no segundo turno (em 1994 e 1998 não houve segundo turno).
Assim, Bolsonaro e Haddad chegarão às urnas sem jamais terem se enfrentado em um debate. No primeiro turno, dos sete debates realizados, o candidato do PSL esteve nos dois primeiros e o candidato do PT nos quatro últimos.
Os debates eleitorais possuem muita relevância por vários motivos. Primeiramente, é importante destacar que eles se tornaram ainda mais importantes para as eleições de 2018. Com campanhas mais curtas e menos gastos do que nos anos anteriores, os candidatos enfrentam dificuldades para divulgar suas candidaturas e propostas. Nesse contexto, os debates televisionados tornam-se uma oportunidade ímpar de exposição. Enquanto o bloco de propaganda eleitoral na TV e no rádio dura apenas 10 minutos neste ano – que por sua vez são divididos entre os candidatos -, os debates podem levar horas. É tempo suficiente para discutir muitos assuntos e deixar uma boa impressão na mente do eleitor.

Mas o debate eleitoral não é bom apenas para os candidatos. Por serem espaços de confronto de ideias, o eleitor tem uma grande oportunidade de comparar os posicionamentos dos candidatos e alcançar conclusões mais contundentes a respeito deles.

Além disso, o debate eleitoral é o momento da campanha em que os candidatos estão mais expostos. Você pode conhecê-los de uma forma que não conseguiria pelas propagandas ou comícios. Nas propagandas, toda a atenção está voltada para o candidato e tudo já foi preparado para que ele transmita uma boa imagem. Já em um debate, essa atenção é dividida com os adversários. Nada está posto: o candidato pode sair muito bem, ou muito mal na foto. Melhor ou pior do que seus concorrentes. Tudo depende de sua capacidade.
O fator improviso é mais um elemento que torna o debate um momento muito especial. Não há como fugir: em um programa transmitido para milhares de pessoas, cujo “roteiro” (ordem e teor dos temas e perguntas) é definido na hora, os candidatos têm grandes chances de serem pegos de surpresa. Para além de preparo prévio e de propostas consistentes, é preciso muito traquejo para elaborar boas respostas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Por temer por sua segurança, Bolsonaro justifica ausência em debate

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou ontem (18), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais (live) que teme por sua segurança, daí a decisão de não participar de debates e evitar aglomerações. Ele se comparou com o juiz Sergio Moro porque ambos não têm liberdade para sair às ruas.
Como exemplo, o candidato mencionou o fato de ter sido examinado por uma junta médica no Rio e não ter viajado para São Paulo onde fica o Hospital Albert Einstein.  “Fui aconselhado a não ir porque ao pousar em São Paulo eu teria de fazer um deslocamento e poderia sofrer um atentado e isso seria ideal para esses que estão aí [os meus adversários]”.
No momento em que os presidenciáveis trocam acusações sobre disseminação de fake news, Bolsonaro negou que empresários que o apoiam financiem a divulgação de notícias falsas anti-PT via aplicativo.
“Nós não precisamos de fazer fake news para combater o Haddad. Essa história de levar indícios à Justiça. Eles não têm prova de nada”, disse o candidato. Advogados de Bolsonaro prometem notificar empresas e processar o adversário petista, Fernando Haddad. Em contrapartida, o PT ingressou nesta quinta-feira com uma ação em razão da suspeita do envio em massa de mensagens falsas.

Marcas

Vestindo uma camisa verde e amarela com as cores do Brasil, Bolsonaro fez a live ao lado do filho, Eduardo, eleito por São Paulo para a Câmara Federal. Ele mostrou, pela primeira vez, os 35 pontos que levou no abdômen e a bolsa de colostomia, colocada do lado direito do corpo – ela está ligada ao intestino grosso e é usada para eliminação das fezes.
“O pessoal [do Haddad] quer que eu vá a debate. Eu posso ter um problema com a bolsa de colostomia. Posso ter que voltar ao hospital. Eu não vou debater com um poste porque o Haddad vai falar de ministério, mas quem vai botar as pessoas lá é o Lula. Segundo a Constituição, se eu morrer assassinado por uma facada, por um tiro de um sniper [atirador de elite], o que vai acontecer é o terceiro colocado vir a disputar a eleição. Então teremos o segundo turno entre Haddad e Ciro.”

Liberdade

Bolsonaro disse, ainda, que a vida pessoal dele não pertence mais a ele e que não pode mais frequentar lugares como bares, praia e o comércio, frequentado por pessoas comuns. “Eu não pertenço mais a mim mesmo. Hoje em dia eu e o Sergio Moro [juiz federal responsável pela Operação Lava Jato] não temos mais liberdade no Brasil. Nós não podemos ir a uma padaria comprar um pão, ir à praia com nossos filhos, perdemos completamente a liberdade. É um jogo de poder. A esquerda fará tudo para me tirar de combate”, disse.
Em seguida, o candidato disse que não está acusando a esquerda de ter planejado a tentativa de homicídio contra ele. Mas relembrou que seu agressor Adélio Bispo de Oliveira foi vinculado ao PSOL até 2014

PT pede para TSE declarar inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos

A coligação que sustenta a candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República e o PSOL entraram com pedidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) seja investigada em razão das suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagens em massa na plataforma WhatsApp custeados por empresas de apoiadores do candidato.
A denúncia foi feita hoje (18), em reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Segundo o texto, empresas contrataram firmas de marketing digital que comercializam serviços de disparo de centenas de milhões de mensagens no Whatsapp em contratos de até R$ 12 milhões. Um dos apoiadores seria Luciano Hang, da rede de varejo catarinense Havan, que apoia Boslsonaro.
Entre as companhias de assessoria digital contratadas para efetuar os disparos em massa estariam a Quickmobile, a Yacows, a Croc Services e a SMS Market. Conforme o texto, Jair Bolsonaro declarou ter gasto apenas R$ 115 mil com a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital para serviços relacionados a mídias digitais.
Na ação, a coligação de Haddad argumenta que há indícios de condutas que podem incorrer em três crimes eleitorais. A primeira é a doação de pessoa jurídica (popularmente conhecida como caixa 2), proibida no pleito deste ano depois do financiamento empresarial ter sido retirado como alternativa pela reforma política aprovada em 2017.
O segundo crime seria a utilização de perfis falsos para propaganda eleitoral. Outro seria a compra irregular de cadastros de usuários, o que fere a proteção de dados prevista no Marco Civil da Internet (12.965/2014). Os advogados de Haddad afirmam que se trata de um “evidente caso de abuso econômico”.
A ação requer a cassação do registro de Bolsonaro e que ele seja declarado inelegível por oito anos. Os advogados pedem também que a Justiça Eleitoral dê ao Whatsapp 24 horas para promover um plano de contingência que bloqueie o envio das mensagens em massa pelas firmas de comunicação digital citadas na reportagem.
Por fim, o documento solicita a busca e apreensão de documentos na sede da rede varejista Havan e na casa de seu dono, Luciano Hang, cópia da documentação contábil e financeira e quebra de sigilo telefônico e bancário do empresário para averiguar a relação dele com empresas de comunicação digital e com a campanha de Bolsonaro.
Pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”. Em seu perfil no Facebook, Luciano Hang disse que vai processar a Folha de S.Paulo e desafiou o jornal a mostrar os contratos de envio de mensagens em massa.

PSOL

Já o PSOL entrou no Tribunal Superior Eleitoral com uma ação focada na plataforma WhatsApp. O partido requer uma liminar para que a Justiça Eleitoral determine à empresa a restrição do compartilhamento de mensagens, “limitando-se o máximo possível”, bem como a redução do tamanho dos grupos na rede social.
No documento, o partido justifica o pedido com artigos e documentos apresentados por especialistas nesta semana, apontando a grande circulação de notícias falsas na plataforma e possíveis mecanismos para minimizar o efeito, como a redução dos destinatários para encaminhamento de mensagens e o tamanho dos grupos.
As recomendações foram feitas pela organização não governamental (ONG) Safernet e pelos professores Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo, e Fabrício Benvenuto, da Universidade Federal de Minas Gerais.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Eleições estaduais pesam na escolha dos partidos por neutralidade

Com a eleição para os governos estaduais indefinida em 14 unidades da Federação, as diferenças regionais foi um dos fatores que influenciou a maioria das siglas a decidir pela neutralidade quanto à disputa presidencial no segundo turno. Até o momento, pelo menos 13 legendas decidiram liberar os filiados para pedir votos tanto para o candidato Jair Bolsonaro (PSL) quanto para Fernando Haddad (PT).  A falta de clareza sobre o cenário político do país após o segundo turno tem feito com que as legendas decidam pela posição “cômoda” de liberar seus filiados, na opinião de cientistas políticos ouvidos pela Agência Brasil.
Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o cientista político Joviniano Neto avalia que a diversidade pesou para a indefinição das agremiações partidárias entre um ou outro polo. “O Brasil é uma Federação e estado é uma realidade diferente. Existem estados onde a diferença local é mais nítida, como MDB e PSDB, e em outros onde a diferença é menos nítida e há uma unidade nacional maior, como PSOL”, avalia Joviniano.
A onda bolsonarista, que tem favorecido candidatos a governador, tem ajudado a definir as alianças de acordo com o contexto em cada estado. Esse é o motivo apontado por ele para a neutralidade anunciada por partidos como o PSDB, em que o candidato a presidente derrotado Geraldo Alckmin concordou em liberar os filiados mesmo após pedidos de integrantes da sigla para um posicionamento mais incisivo contra o PT, como o de de João Doria, que concorre ao governo paulista.
“Onde houve decisão já no primeiro turno para os governos locais, a questão para os vencedores é como fazer com que os candidatos e cabos eleitorais continuem fazendo campanha apenas para a Presidência. Nos outros casos, a dúvida é: como sintonizar o apoio nacional com o eleitorado”, diz.
É o caso de Santa Catarina, onde os dois candidatos Comandante Moisés (PSL) e Gelson Merisio (PSD) apoiam Bolsonaro. Em Rondônia, por exemplo, Expedito Júnior (PSDB) vai concorrer ao governo estadual contra um candidato do PSL, Coronel Marcos Rocha, mas mesmo assim declarou voto no candidato do PSL.
Para a cientista política Maria do Socorro Braga, da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), a neutralidade acaba facilitando o trânsito entre os candidatos à disputa local. “No caso do PSDB, como são seis candidatos, penso que o segundo turno terá muito peso, afinal de contas a bancada na Câmara do partido perdeu muitos deputados. Então, ele vai precisar garantir outros flancos de poder”, analisa.
Outro partido influenciado pelas eleições estaduais foi o PSB. A legenda se posicionou favorável à candidatura de Haddad, mas liberou as lideranças no Distrito Federal e em São Paulo – onde disputam o segundo turno- para se posicionarem neutras. Isso porque o apoio aos petistas poderia prejudicar Rodrigo Rollemberg e Márcio França, respectivamente.
O Novo adotou uma posição nacional de não apoiar nem um dos candidatos, porém os filiados têm se posicionado de forma diferente. A legenda, que lançou João Amoêdo à Presidência, preferiu ficar neutra, embora tenha postado uma mensagem dizendo que os “integrantes da sigla são ‘absolutamente contrários ao PT'”. Em Minas Gerais, o candidato Romeu Zema, declarou apoio ao candidato do PSL, na tentativa de se manter à frente na disputa contra Antonio Anastasia (PSDB).
Para Carlos Ranulfo, cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a postura do Novo não é completamente neutra, mas faz sentido com os temores do partido. Segundo ele, devido às incertezas econômicas de Bolsonaro, a legenda evita se comprometer com o polo contrário ao PT. “O Novo é um partido ultraliberal, o mais liberal no sentido da economia que o Brasil tem. E o Bolsonaro é muito ambíguo em relação a isso. Tanto a trajetória dele como a de várias pessoas que o PSL elegeu. Então o partido tem razões para não querer embarcar nessa canoa”, avalia.
Já o PDT, do presidenciável Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar, declarou apoio “crítico” ao PT e, segundo o presidente Carlos Lupi “não tem ninguém liberado” para deliberar de modo diferente.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Cai número de deputados federais eleitos com votos próprios em 2018

A quantidade de eleitos e reeleitos que não precisaram dos votos da legenda partidária ou da coligação para atingir o objetivo eleitoral diminuiu em 2018 na comparação com as duas últimas eleições. Este ano, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), foram 27 os que tiveram êxito nas urnas nessas condições, enquanto em 2014 foram 35, queda de, aproximadamente, 22,8%. Os eleitos com voto próprio em 2010 alcançaram 36.
Na lista dos mais votados, 19 são novatos. Nesse grupo há quatro mulheres e 15 homens. Entre os oito reeleitos, todos também são homens. Com votação expressiva esse grupo também ajudou outros nomes de suas coligações a entrarem na Câmara Federal.
Se não houver mudança na legislação, esta foi a última eleição em que as coligações são permitidas para as eleições proporcionais – deputado federal e estadual, além de vereador, cuja vaga é disputada em eleições municipais. Isso porque o Congresso aprovou no ano passado a Emenda Constitucional (EC) 97/17 proibindo este tipo de aliança a partir de 2020.

Partidos

Ainda segundo o Diap, entre os eleitos com votos próprios em 2018, um terço (9), são de partidos de esquerda, centro-esquerda e centro. São três do PT; três do PSB; um do PV; um do PSOL; e um do PROS. Os outros dois terços (18) são de centro-direita e direita. São sete do PSL; três do PSD; dois do PR; e um, respectivamente, do PSC, do PRB, do Avante; do DEM; do Novo; e do PMN.
A maioria, nesse segundo grupo, é de policiais, líderes evangélicos, parentes de políticos ou líderes de movimentos liberais como o MBL (Movimento Brasil Livre). “[Eles] Foram eleitos na esteira do que está se convencionando chamar de bolsonarismo, que surpreendeu a todos na reta final da campanha, que se encerrou no último dia 7 de outubro” avaliam os analistas do Diap.

Mais votado

Em números absolutos, o campeão nacional é o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que obteve 1.843.735 votos. Filho do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), o deputado é escrivão da Polícia Federal e vai assumir seu segundo mandato.
No quesito proporcionalidade, o grande campeão de votos é o estreante João Campos. Filho do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos e bisneto do ex-governador Miguel Arraes. Campos, com apenas 23 anos, recebeu 10,63% dos votos válidos. Foram 460.387 votos.

Saiba quem são os eleitos com votos próprios em 2018

1) Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – 1.843.735 – reeleito – escrivão de polícia federal
2) Joice Hasselmamm (PSL-SP) – 1.078.666 J – primeira eleição – jornalista
3) Celso Russomano (PR-SP) – 521.728 – reeleito – bacharel em direito, jornalista e empresário
4) Kim Kataguiri (DEM-SP) – 465.310 – primeira eleição – ativista digital e conferencista
5) João Campos (PSB-PE) – 460.387 – primeira eleição – engenheiro
6) Tiririca (PR-SP) – 453.855 reeleito – artista circense e humorista
7) Marcel Van Hattem (Novo-RS) – 349.855 – primeira eleição – cientista político e jornalista
8) Helio Fernando Barbosa Lopes (PSL-RJ) – 345.234 – primeira eleição – subtenente do Exército
9) Marcelo Freixo (PSol) – 342.491 – primeira eleição – professor
10) Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) – 323.264 – primeira eleição – PM e técnico em enfermagem
11) Sargento Fahur (PSD-PR) – 314.963 – primeira eleição – PM (Rotam)
12) Capitão Wagner (Pros-CE) – 303.593 – primeira eleição – PM
13) Delegado Waldir (PSL-GO) – 274.406 – reeleito – delegado de polícia civil
14) Felipe Francischini (PSL-PR) – 241.537 – primeira eleição – advogado
15) Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) – 230.008 – reeleito – empresário
16) Alessandro Molon (PSB-RJ) – 227.914 – reeleito – advogado e professor universitário
17) Gleisi Hoffmann (PT-PR) – 212.513 – primeira eleição – advogada
18) Celio Studart (PV-CE) – 208.854 – primeira eleição – advogado
19) Carlos Jordy (PSL-RJ) – 204.048 – primeira eleição – servidor público federal
20) Flordelis (PSD-RJ) – 196.959 – primeira eleição – administradora
21) Josimar Maranhãozinho (PR-MA) – 195.768 – primeira eleição – empresário
22) Reginaldo Lopes (PT-MG) – 194.332 – reeleito – economista
23) Marília Arraes (PT-PE) – 193.108 – primeira eleição – advogada
24) Eduardo Braide (PMN-MA) – 189.843- primeira eleição – advogado
25) Otto Alencar Filho (PSD-BA) – 185.428 – primeira eleição – administrador
26) JHC (PSB-AL) – 178.645 – reeleito – empresário
27) André Ferreira (PSC-PE) – 175.834 – primeira eleição – bacharel em turismo

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Chamonzinho foi eleito como um dos mais votados do estado

O neófito na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) Wenderson Azevedo Chamon (MDB), o Chamonzinho, chegou chegando. Ele é o candidato eleito mais intermunicipal das eleições 2018 no estado. Chamonzinho conseguiu votação em impressionantes 116 municípios paraenses, o equivalente a 80,5% dos 144. Parauapebas (9.916 votos) e Marabá (9.124) foram as praças de maior valor ao cash do candidato eleito a deputado estadual. E mesmo sem um voto sequer desses redutos, o político emedebista seria eleito com tranquilidade. Na outra ponta, em 13 municípios — a maioria do Marajó — ele tirou apenas um voto. Em Piçarra, Chamonzinho foi o segundo Deputado mais votado com 1.138 votos sendo distribuídos da seguinte maneira (Zona Urbana - 616 e Zona Rural 522). No total geral no estado ele foi eleito com 63.722 sufrágios.

Prospecção aponta 16 partidos impedidos segundo a cláusula de barreira

Cerca de 20 partidos políticos tendem a desaparecer  a partir do próximo ano. tudo isso por conta da cláusula de barreira ou desemprenho. De acordo com as eleições deste ano, as legendas que não elegeram  ao menos  9 deputados em 9 unidade diferentes da federação  ou que tiveram menos de 1,5% do total de votos  da Câmara com pelo menos 1% dos votos em cada unidade da federação não terão mais acesso à estrutura dentro do Congresso, como espaço físico e funcionários para a liderança, nem acesso ao fundo partidário ou tempo gratuito de rádio e televisão para as campanhas.
A intenção é acabar com o chamado “efeito Tiririca”, pelo qual a votação expressiva de um candidato ajudar a eleger outros do grupo de partidos que se uniram.
Segundo uma projeção deita pelo site UOL, 17 partidos ficarão de fora seriam eles: PTC, PMN, PRP, PV, Avante, PSTU, PCB, PRTB, DC, PCO, PPL, Patriota, Pros, Novo, Rede, PSL e PMB. O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados devem divulgar o levantamento oficial ainda nesta semana.
Aos partidos que ficarem de forma da divisão do bolo de recursos e tempo de televisão a partir do ano que vem resta uma alternativa prevista em lei: a chamada federação de partidos. Legendas com afinidade ideológica e de programa podem se unir em federação, e assim, voltam a ter acesso aos recursos em bloco, de acordo com a soma dos votos válidos das siglas integrantes. Os partidos, no entanto, precisam trabalhar como bloco ao longo da legislatura, sem poder dissolver a federação.