terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Indicação a Secretaria de Educação de Marabá

Ainda nem aconteceu a diplomação nem mesmo a cerimônia de posse e o Partido dos Trabalhadores (PT), aliado de primeira hora do futuro governo de João Salame Neto (PPS) já expõe suas divergências internas e mostra que a legenda pode ser mesmo uma preocupação para o novo gestor municipal e um pesadelo para o Diretório Municipal do Partido.
Passada a eleição, as quatro tendências do PT em Marabá: PT pra Valer, AS (Articulação Socialista), DS e Unidade na Luta começaram a discutir quem iria assumir a Secretaria Municipal de Educação (Semed), que sozinha tem um orçamento superior a R$ 150 milhões, o maior da Prefeitura de Marabá.
Na última sexta-feira, 8, deveria acontecer uma reunião extraordinária para decidir quem assumiria a Semed, se o presidente do Diretório, Luiz Bressan, da PT pra Valer, ou Antônia Carvalho, da AS. A reunião acabou sendo adiada para sábado à tarde, na Câmara Municipal, com a participação de apenas 22 dos 33 membros do Diretório Municipal. Vários membros do partido criticam a reunião e alegam que ela só aconteceu com pessoas ligadas à tendência PT pra Valer.
As discussões se acaloraram ao ponto de o Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará) Subsede de Marabá divulgar uma nota no início da tarde de ontem, segunda-feira, 10, em que critica a indicação de Bressan para a Semed e tece duras críticas ao posicionamento do vice-prefeito eleito, Luiz Carlos Pies, esposo da Deputada Estadual Bernadet Ten.
“Com todo respeito a nossa categoria e a sociedade marabaense, queremos deixar claro que não podemos nos calar diante do impasse criado em torno da Secretaria Municipal de Educação. Luiz Carlos, o vice-prefeito eleito, tem sufocado a todos com o seu desejo de mandar na Semed. O mesmo está passando dos limites e centraliza todos os poderes de decisão em suas mãos e não quer permitir que as demais forças políticas e muito menos os trabalhadores em educação, opinem sobre quem será o novo secretário”.
Em outro trecho, a nota diz que “Toinha do PT foi a única vereadora eleita por seu partido, mesmo sem o apoio do PT pra valer do Sr. Luiz Carlos, que investiu pesado na candidatura de Bressan. Imagine se o vice precisasse dos votos proporcionais para garantir a sua eleição? Temos certeza que não estaríamos passando por este problema, pois não temos dúvidas de que Luiz Carlos não teria chegado nem para vereador. Diferente de Luiz Carlos e seu grupo, Toinha do PT já militou como coordenadora geral do Sintepp de Marabá e exatamente por isso tem o conhecimento necessário sobre as nossas lutas e reivindicações históricas”.
Procurada pela Reportagem do blog ontem à noite, Toinha, ligado a Deputado Estadual Milton Zimmer, disse que tomou conhecimento da nota do Sintepp no final do dia de ontem. “O Sintepp coloca sua percepção do processo, estão acompanhando tudo antes mesmo da eleição e uma situação como esta não pode ser definida em uma reunião do diretório. O assunto não passou pela Executiva, que deveria convocar os membros e definir a pauta”.
Para ela, essa polêmica apenas coloca o prefeito em uma situação de constrangimento, porque numa escolha de secretário tem de levar em consideração os critérios técnicos e políticos e que seja um nome aprovado pela categoria. “Sem falsa modéstia, meu nome sairia na frente porque é o mais indicado pelos educadores”, avalia, dizendo que deverá reunir as tendências hoje para avaliar uma nota ao Diretório Estadual e bancada para mostrar o repúdio.
Versão de Bressan
O cenário colocado no processo de aliança antes da eleição foi a Educação e uma de menor porte. Todavia, na reunião do último sábado, segundo Luiz Bressan, foram apontado os nomes de Marcelo Alves (Turismo), Ademir Martins (Administração) e ele, Bressan, para a Educação.
Solicitado a avaliar a nota do Sintepp, na noite de ontem, Bressan alegou que não tinha conseguido ter acesso a mesma e que só vai se manifestar oficialmente após a análise do documento. Em relação às críticas da vereadora Antônia Carvalho, ele disse que tudo está registrado em ata. “Quem se recusou a convocar o Diretório foi ela. O estatuto do partido permite que um terço dos membros do diretório convoque uma reunião extraordinária, que foi o que aconteceu e não houve ilegalidade”, justifica.
Fonte: http://www.zedudu.com.br/

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