As crises econômica e política no país se agravam no Governo de Michel
Temer (PMDB). No momento em que a equipe econômica vem sendo cobrada a
apresentar medidas de estímulo ao crescimento, o Banco do Brasil (BB), sob o
comando de Paulo Caffarelli, anuncia o fechamento de 14% de suas agências. Serão
demitidos mais de 9 mil bancários. A meta do BB é economizar R$ 750 milhões e a
instituição, após esse enxugamento, terá menos agências do que o Bradesco
No Planalto, ao se demitir do Ministério da Cultura, Marcelo Calero
denunciou um crime cometido pelo braço direto do presidente Michel Temer. O ministro
Gedel Vieira Lima usou o cargo para defender interesses particulares, na
liberação de uma obra acusada de agredir o patrimônio público de Salvador.
Gedel tem um apartamento no valor de R$ 2,4 milhões.
A acusação deixava Michel Temer praticamente sem saída. Se não demitisse
Geddel, seria acusado pela oposição de ser cúmplice, acusado de prevaricar, uma
vez que Calero o alertou sobre as pressões que sofria. O problema é que os Gedel
e Temer são parceiros há mais de duas décadas, desde quando Geddel era responsável
pela administração dos portos no governo Fernando Henrique Cardoso.
Temer, no entanto, ainda pode usar o episódio para demitir Geddel, antes
que surjam as delações da OAS e da Odebrecht, que também o atingirão.
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