quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Petistas divergem sobre desembarque do PSB nos estados



A reação do PT à saída do PSB do governo federal foi dividida nos Estados em que a sigla participa de gestões pessebistas.
Em Pernambuco e no Amapá, petistas locais dizem que irão esperar orientação da direção nacional do partido. Já na Bahia, Espírito Santo e Piauí, líderes disseram que pretendem manter as alianças locais com a legenda de Eduardo Campos.
"Vamos ver a decisão da [direção] nacional sobre esse assunto porque é uma coisa que tem a ver com o partido nacionalmente", disse o deputado federal Pedro Eugênio, presidente do PT-PE.
O PT tem duas secretarias no governo Campos: Transportes e Cultura.
No Amapá, onde o PT comanda as pastas do Turismo e da Segurança na gestão Camilo Capiberibe, o partido tende a apoiar a reeleição do pessebista e continuar no governo, mas disse esperar decisão nacional.
"A opinião vai depender do encaminhamento da direção nacional", disse Nilza Amaral, presidente do PT-AP.

PRESSÃO
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), chegou a afirmar ontem que espera que o PT devolva os cargos nos governos pessebistas --nos seis Estados comandados pelo PSB, as siglas só não são aliadas na Paraíba.
A despeito da afirmação, o PT do Ceará não quer o rompimento com a gestão Cid Gomes, afirmou o líder do PT na Câmara e uma das principais vozes do partido no Estado, José Guimarães. O PT comanda as pastas da Educação e do Desenvolvimento Agrário na gestão Cid.
O governador do Ceará se opõe ao rompimento com o Planalto porque defende o apoio do PSB à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"O governador [Cid] diz para o PT que quer apoiar a Dilma, nós vamos fazer o quê, romper com ele? Somos loucos? Isso não somos mais", afirmou Guimarães.
Mas o movimento do PSB nacional dá combustível à ala do PT-CE que defende o rompimento com Cid, grupo comandado pela ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins.
No Espírito Santo, o PT afirma que não pretende desembarcar do governo Renato Casagrande, onde ocupa a vice-governadoria e as pastas de Turismo e Assistência Social.
"Para nós não muda nada. Inclusive nossa relação com o governador extrapola nossa relação nacional", afirmou o presidente do PT-ES, José Roberto do Nascimento.
Na mesma linha, o PT no Piauí afirmou que buscará manter as secretarias de Cultura, Cidades, Assistência Social e Justiça no governo Wilson Martins, independentemente do contexto nacional.
Segundo o vice-presidente do PT-PI, Edilberto Borges, o partido só entregará os cargos em 2014 se Martins se afastar para disputar o Senado, deixando o PMDB no governo. O candidato peemedebista deve disputar com o nome escolhido pelo PT, por isso há tendência de rompimento nesse cenário.

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