A reação do PT à
saída do PSB do governo federal foi dividida nos Estados em que a sigla
participa de gestões pessebistas.
Em Pernambuco e
no Amapá, petistas locais dizem que irão esperar orientação da direção nacional
do partido. Já na Bahia, Espírito Santo e Piauí, líderes disseram que pretendem
manter as alianças locais com a legenda de Eduardo Campos.
"Vamos ver
a decisão da [direção] nacional sobre esse assunto porque é uma coisa que tem a
ver com o partido nacionalmente", disse o deputado federal Pedro Eugênio,
presidente do PT-PE.
O PT tem duas
secretarias no governo Campos: Transportes e Cultura.
No Amapá, onde o
PT comanda as pastas do Turismo e da Segurança na gestão Camilo Capiberibe, o
partido tende a apoiar a reeleição do pessebista e continuar no governo, mas
disse esperar decisão nacional.
"A opinião
vai depender do encaminhamento da direção nacional", disse Nilza Amaral,
presidente do PT-AP.
PRESSÃO
O líder do PSB
na Câmara, Beto Albuquerque (RS), chegou a afirmar ontem que espera que o PT
devolva os cargos nos governos pessebistas --nos seis Estados comandados pelo
PSB, as siglas só não são aliadas na Paraíba.
A despeito da
afirmação, o PT do Ceará não quer o rompimento com a gestão Cid Gomes, afirmou
o líder do PT na Câmara e uma das principais vozes do partido no Estado, José
Guimarães. O PT comanda as pastas da Educação e do Desenvolvimento Agrário na
gestão Cid.
O governador do
Ceará se opõe ao rompimento com o Planalto porque defende o apoio do PSB à
reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"O
governador [Cid] diz para o PT que quer apoiar a Dilma, nós vamos fazer o quê,
romper com ele? Somos loucos? Isso não somos mais", afirmou Guimarães.
Mas o movimento
do PSB nacional dá combustível à ala do PT-CE que defende o rompimento com Cid,
grupo comandado pela ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins.
No Espírito
Santo, o PT afirma que não pretende desembarcar do governo Renato Casagrande,
onde ocupa a vice-governadoria e as pastas de Turismo e Assistência Social.
"Para nós
não muda nada. Inclusive nossa relação com o governador extrapola nossa relação
nacional", afirmou o presidente do PT-ES, José Roberto do Nascimento.
Na mesma linha,
o PT no Piauí afirmou que buscará manter as secretarias de Cultura, Cidades,
Assistência Social e Justiça no governo Wilson Martins, independentemente do
contexto nacional.
Segundo o vice-presidente do PT-PI, Edilberto
Borges, o partido só entregará os cargos em 2014 se Martins se afastar para
disputar o Senado, deixando o PMDB no governo. O candidato peemedebista deve
disputar com o nome escolhido pelo PT, por isso há tendência de rompimento
nesse cenário.
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