ABANDONO
Reportagem sobre a Fata repercute entre
lideranças
ULISSES POMPEU
“Tão logo foram
publicadas as duas páginas neste Jornal sobre as condições da Fata (Fundação
Agrária do Tocantins Araguaia) na última edição, várias manifestações sobre
assunto ecoaram nas redes sociais e também entre os líderes de movimento de
trabalhadores rurais sem terra.
Os líderes
sindicais Francisco Ferreira de Carvalho, o Chico Cib ex-presidente da FATA
(nos anos de 1993 – 1998) e ex-diretor da FETAGRI Sudeste (1999 - 2000), atualmente
Coordenador Estadual da Federação dos Trabalhadores/as na Agricultura Familiar
(FETRAF) e Sebastião Alves de Souza, o Tião Branco ex-presidente do Sindicato dos
Trabalhadores/as Rurais de Marabá e ex-diretor da FETAGRI/FATA (até 2010)
lamentam os rumos que estão tomando a FATA conforme afirmações repassadas ao CT
por Antônio Gomes, o Pipira.
‘Reconhecemos
que a FATA é patrimônio dos Sindicatos dos Trabalhadores/as Rurais de 17 municípios filiados à FETAGRI, e que
atualmente pertencem a outros sindicatos vinculados a agricultura familiar. É
lamentável que por questões ideológicas e políticas uma importante organização
como FATA construída pelos agricultores/as e pesquisadores/as, inclusive com
ajuda de organizações internacionais’, disse Tião Branco.
O educador
Damião Santos informou que a reportagem foi bastante comentada, e disse que os
trabalhadores contestam às informações do Pipira sobre os rumos da instituição.
Segundo Damião,
os Governos: municipal, estadual e federal até 2010, apoiaram funcionamento da
FATA/EFA, inclusive o Governo do Estado recentemente não efetivou convênio
porque a FATA estava em inatividade, sem movimentos de pessoas. ‘O estado de
caos é uma questão de incompetência e conivência dos dirigentes’, avalia.
Em relação aos gestores,
disse que a atual gestão da FATA está na função desde 2004, como pode
responsabilizar a gestão anterior. ‘O convênio com a Secretaria Municipal de
Educação não continuou a partir de 2011 por falta de interesse dos dirigentes
da FATA’.
Sobre a construção
de um hotel, campo de futebol e posto de combustível, Damião avalia que essas
atividades são contrárias ao Estatuto da FATA, que prevê uma organização sem
fins lucrativos e tem outras finalidades.
Ainda segundo
Damião, nos dias 18 a
20 de outubro de 2013 será realizada uma celebração de 20 (vinte) anos do
nascimento da ideia da Escola Família Agrícola de Marabá, com uma série de
atividades, incluindo um Encontro de Jovens Rurais e manifestação no Ministério
Público Estadual.
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