O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nessa terça-feira (24) por maioria -
quatro votos a três - a criação do partido Solidariedade, liderado pelo
deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), que estava
no PDT.
Trata-se
do 32º partido político do país. Mais cedo, o tribunal já havia aprovado a
criação de outra nova legenda, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
Para poder concorrer às eleições do ano que vem, a criação de um partido deve ser aprovada pelo plenário do TSE até o dia 5 de outubro. Até esta data, os candidatos que pretendem se candidatar pelo partido precisam estar filiados. Ainda está pendente de julgamento pelo TSE o registro de criação do partido Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva.
Para poder concorrer às eleições do ano que vem, a criação de um partido deve ser aprovada pelo plenário do TSE até o dia 5 de outubro. Até esta data, os candidatos que pretendem se candidatar pelo partido precisam estar filiados. Ainda está pendente de julgamento pelo TSE o registro de criação do partido Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva.
A maioria
do tribunal foi favorável à criação do partido Solidariedade mesmo após o
Ministério Público Eleitoral apontar indícios de fraude que poderiam
"comprometer" a legalidade da legenda. Entre as denúncias estão
indícios de utilização do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal
(Sindilegis) para fraudar assinaturas e notícias de que a assinatura de uma
chefe de cartório de Várzea Paulista (SP) também foi fraudada.
O relator do processo, ministro Henrique Neves, votou para que o processo de criação do partido fosse convertido em uma investigação sobre as assinaturas de apoio ao partido. Os ministros Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello, que votaram na sequência, também votaram por mais investigação.
O relator do processo, ministro Henrique Neves, votou para que o processo de criação do partido fosse convertido em uma investigação sobre as assinaturas de apoio ao partido. Os ministros Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello, que votaram na sequência, também votaram por mais investigação.
Para ser
válido, um partido precisa do apoio 0,5% do total de votos dados a deputados
federais na última eleição (492 mil segundo o TSE). O partido de Paulinho
obteve mais de 500 mil. "As certidões [que confirmam o apoio] estão
incompletas. Tem que vir com lista dos nomes", argumentou o relator.
Após três
votos para que o partido não tivesse o registro aprovado, o ministro Dias
Toffoli divergiu e disse que não se poderia rejeitar a criação porque, em
julgamento nesta terça, o próprio TSE liberou a criação do Partido Republicano
da Ordem Social (PROS) mesmo com suspeitas de fraude nas assinaturas de apoio.
A ministra Laurita Vaz concordou. "Nós podemos as mudar regras do jogo que acabamos de proferir? Eu creio que não. O partido teve 503 mil assinaturas, com atendimento a nível nacional. Nós não podemos colocar em dúvida certidões dos juízos eleitorais. [...] Temos que ser coerentes com nossos julgados." Os ministros Castro Meira e a presidente do TSE, Cármen Lúcia, também foram favoráveis à criação da legenda para manter a "coerência" em relação a outros julgamentos do tribunal. Todos entenderam que, apesar de noticias sobre fraudes na obtenção das assinaturas de apoio, as assinaturas confirmadas pelos cartórios tinham número suficiente para garantir a criação da legenda. O Solidariedade, fundado em outubro do ano passado, adotará como sigla partidária SDD - o partido queria não usar abreviação, mas os ministros da Corte eleitoral disseram que isso não é permitido pelas regras do processo eleitoral. O número de representação do partido nas eleições será o "77". Ao defender a criação do partido nesta terça, a Maria Cláudia Bucchianeri afirmou no plenário do TSE que as certidões dos cartórios eleitorais confirmam a veracidade de assinaturas necessárias para a criação do partido. "As certidões, por lei, gozam da fé pública. [...] Eventuais dúvidas sobre as certidões devem ser apuradas pela via do inquérito, que é a via da apuração", disse, sugerindo que, caso o tribunal discordasse da validade dos documentos apresentados, apurasse em separado.
A ministra Laurita Vaz concordou. "Nós podemos as mudar regras do jogo que acabamos de proferir? Eu creio que não. O partido teve 503 mil assinaturas, com atendimento a nível nacional. Nós não podemos colocar em dúvida certidões dos juízos eleitorais. [...] Temos que ser coerentes com nossos julgados." Os ministros Castro Meira e a presidente do TSE, Cármen Lúcia, também foram favoráveis à criação da legenda para manter a "coerência" em relação a outros julgamentos do tribunal. Todos entenderam que, apesar de noticias sobre fraudes na obtenção das assinaturas de apoio, as assinaturas confirmadas pelos cartórios tinham número suficiente para garantir a criação da legenda. O Solidariedade, fundado em outubro do ano passado, adotará como sigla partidária SDD - o partido queria não usar abreviação, mas os ministros da Corte eleitoral disseram que isso não é permitido pelas regras do processo eleitoral. O número de representação do partido nas eleições será o "77". Ao defender a criação do partido nesta terça, a Maria Cláudia Bucchianeri afirmou no plenário do TSE que as certidões dos cartórios eleitorais confirmam a veracidade de assinaturas necessárias para a criação do partido. "As certidões, por lei, gozam da fé pública. [...] Eventuais dúvidas sobre as certidões devem ser apuradas pela via do inquérito, que é a via da apuração", disse, sugerindo que, caso o tribunal discordasse da validade dos documentos apresentados, apurasse em separado.
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