TSE BARA CANDIDATURA DE MARINA SILVA
Principal candidata
da oposição ao governo Dilma Rousseff de acordo com as últimas pesquisas, a
ex-senadora Marina Silva viu o pedido de registro da sua Rede Sustentabilidade
ser rejeitado na noite desta quinta-feira (3) pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Por 6 votos a 1,
o tribunal entendeu que o partido não conseguiu obter o respaldo popular
exigido em lei, que é de pelo menos 492 mil eleitores --faltaram quase 50 mil
assinaturas de apoio.
"Não vejo
como contornar a exigência da lei. Em que pese todo o calor social e o desejo
dos homens mais éticos desse país, ainda estamos presos à lei", disse o
ministro João Otávio Noronha.
Para atingir o
número mínimo de assinaturas, a Rede pedia que o TSE tornasse válido um lote de
quase 100 mil assinaturas que haviam sido rejeitadas pelos cartórios eleitorais
de forma injustificada, segundo o partido. A relatora, Laurita Vaz, negou esse
pedido sob o argumento de que é "inconcebível com o ordenamento jurídico a
validação [das assinaturas] por mera presunção".
Além deles,
votaram contra Henrique Neves, Luciana Lóssio, Marco Aurélio Mello, e a
presidente do tribunal, Cármen Lúcia.
DIRIGENTE DO PT LAMENTA O VETO A CRIAÇÃO DA REDE
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP),
secretário-geral do partido, disse que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
cumpriu a lei ao rejeitar a criação da Rede Sustentabilidade, mas lamentou que
a ex-senadora Marina Silva não tenha conseguido viabilizar sua legenda.
"Na minha
opinião, foi uma decisão que levou em conta as exigências formais, que a Rede
não cumpriu. Isso demonstra que é preciso fazer uma reforma política e que a
criação de partidos virou algo cartorial, o que não é bom. Lamento pela Marina,
porque é uma pessoa de conteúdo", disse o parlamentar, que concorre à
presidência do PT.
Para o
parlamentar, é necessária uma reforma política que "reveja o sistema
partidário, para que tenhamos partidos mais programáticos, e que a exigência de
número de assinaturas não seja o único requisito".
Teixeira não
quis opinar sobre a possibilidade de Marina se filiar a outro partido para
concorrer ao Palácio do Planalto nem apontar se o resultado do julgamento
favorece a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
AÉCIO APONTA TRUCULÊNCIA DO PT NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DA REDE
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio
Neves (MG), afirmou que houve "truculência do PT" para impedir a
criação da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva tenta
formar.
Em nota
divulgada na noite desta quinta-feira (3), o tucano disse que lamenta a decisão
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou
o registro da Rede, mas afirma que é necessário "respeitar a
Justiça".
"Acompanhamos
desde o início o esforço de Marina Silva para formação da Rede, e fomos
solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na
tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso. Lamentamos a
decisão do TSE, mas temos que aceitar e respeitar a Justiça", declarou Aécio
em nota.
Segundo o
senador mineiro, a presença de Marina no cenário político para as eleições de
2014 "engrandece o debate democrático de ideias".
A ex-senadora é
a principal candidata de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff de
acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto.
Por 6 votos a 1,
o TSE entendeu que faltaram quase 50 mil assinaturas de apoio popular para o
partido e não concedeu o registro à Rede.
De acordo com o
voto da relatora, ministra Laurita Vaz, a sigla de Marina não conseguiu obter o
respaldo popular exigido em lei, que é de pelo menos 492 mil eleitores, apesar
de ter cumprido os outros requisitos para o registro do partido. Dentre os sete
ministros, apenas Gilmar Mendes votou a favor da legenda de Marina Silva.
Fonte: www.folhauol.com.br
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